Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14) Identidade e dignidade da vocação laical (Nº109)

Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade

“Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14)

Identidade e dignidade da vocação laical (Nº109)

 

Dentre os significados do termo leigo, a Igreja usa-o para distinguir os cristãos que não receberam o Ordem Sacra ou não professaram os votos religiosos.

Os leigos sempre foram presentes na vida eclesial. Um ponto evidente disto é o de que desde os primeiros passos da Igreja pelo sacramento do Batismo são inseridos como membros da Igreja (Mt 28, 19). Os membros da Igreja são distintos somente enquanto a forma de vida eclesial nas primeiras comunidades já era presente a valorização do verdadeiro testemunho cristão, obtendo seu caráter mais claro e convincente a entrega de si mesmo ao Deus revelado em Cristo, esta entrega poderia levar até ao martírio. Isto ocorreu com Estevão, testemunho que será tomado como exemplo por outros homens e mulheres.

A partir da concepção eclesiológica da comunhão, o Concílio Vaticano II definiu o cristão leigo de maneira positiva e confirmou a sua plena incorporação à Igreja e ao seu ministério. “Estes fiéis foram incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos Povo de Deus e, a seu modo, feitos partícipes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, pelo que exercem sua parte na missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo”. Por isso, os cristãos leigos e leigas são Igreja e não apenas pertencem à Igreja.

Afirmava Pio XII: “os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: por eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade”. Não é evangélico pensar que os clérigos – ministros ordenados – sejam “mais” Igreja do que os leigos.

“Deus não habita na grandeza daquilo que fazemos, mas na pequenez dos pobres que encontramos” (Papa Francisco)

 

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