Bispo Diocesano

Antônio Fontinele de Melo

Biografia

Antônio Fontinele de Melo, professor, poeta e Bispo da Diocese de Humaitá (AM), nasceu no dia 9 de maio de 1968, em Camocim (CE). Fez a sua formação em Filosofia e Teologia, de 1993 a 1998, no seminário São João XXIII, em Porto Velho (RO). Licenciou-se em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília (UCB), em 2001. Tornou-se bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (MG), em 2003. Dom Fontinele também se especializou em Metodologia do Ensino Superior, na Universidade Federal de Rondônia, em 2003, e em Sagradas Escrituras pelo Centro Universitário Claretiano, em 2015.

Foi ordenado diácono em 21 de novembro de 1998 e presbítero em 18 de setembro de 1999. Como padre, exerceu diversos serviços na arquidiocese de Porto Velho (RO). Foi pároco da Paróquia São Cristóvão (1999 a 2013), reitor da casa vocacional Dom Hélder Câmara (1998 a 2004), coordenador de pastoral (2005 a 2010), foi ainda pároco da Catedral Sagrado Coração de Jesus (2012 a 2020), sendo nomeado pelo Santo Padre Papa Francisco, Bispo da Diocese de Humaitá no ano de 2020.

Também foi professor de Introdução à Sagrada Escritura e de Gestão Eclesial no curso de Teologia do Seminário São João XXII, em Porto Velho, (2016 a 2020). No regional Noroeste da CNBB, que compreende o Acre, o Sul do Amazonas e Rondônia, coordenou a Comissão Regional Noroeste de presbíteros (2002 a 2005) e foi assessor das Comunidades Eclesiais de Base do Regional Noroeste (2009 a 2012).

Descrição Heráldica

O Brasão está composto por um escudo inglês, contornado por elementos da cultura indígena local, presente de maneira significativa no território da Diocese de Humaitá-AM.

O nome da cidade sede da Diocese também é de origem indígena (pedra negra), o que denota a importante presença destes povos.

Dois elementos eclesiais são destacados na parte direita do escudo:
O primeiro é a Cruz em cor amarela: O amarelo refere-se ao ouro, à glória, à generosidade e à elevação da mente (cf. Jo 8,28).

A Cruz é o trono glorioso de Jesus Cristo.

O segundo elemento eclesial é o báculo: Os pastores utilizam um cajado que auxilia no apoio pessoal e na boa condução do rebanho. O episcopus também usa este cajado chamado báculo indicando a sua missão de pastor que é reunir, ensinar, conduzir, santificar, governar e defender a vida das ovelhas.

A cor prata, recorda na heráldica, a paz, a pureza e a sinceridade. É símbolo do pastor, próprio do múnus episcopal.
No canto superior esquerdo, destaca-se o açaizeiro, que é uma árvore nativa típica da região amazônica em forma de palmeira. Seu fruto é muito apreciado e utilizado, tornando-se base alimentar e fonte de renda em muitas comunidades.
A cor verde começou a ser introduzida nos brasões como representação da vegetação, remete-nos à rica flora e fauna presentes na região e território desta jurisdição eclesiástica.

No centro do escudo há uma barca ocupada por três tripulantes.

Desde os primórdios do cristianismo os santos padres, lendo o Mt 8, 23-28, fizeram uma leitura que perpassa os milênios, e compreendem a barca como figura da Igreja, que tem o Cristo como guia.

A cor marrom é a terra.

A barca, a Igreja, está presente nesta terra, nesta gente.

Esta barca é ocupada por três culturas distintas: A negra, a branca e a indígena. Esta última, sendo ancestral nestas terras, torna-se guia, aponta a direção, favorece a navegação em águas mais tranquilas.

A segunda cultura, a branca, é aquela que no escudo movimenta a barca a remo. Recorda a força desprendida que direciona e impulsiona a barca.

A terceira, a negra, cabocla, mestiça tem próximo de si as redes de pesca, sinal do trabalho e sustento.

O chapéu nas mãos, meio que prostrado, retrata a experiência de fé genuína. Tem a cruz saindo de seus ombros, recordando as muitas cruzes presentes em nosso tempo e os crucificados de hoje. Na parte inferior está o rio na cor azul simbolizando a espiritualidade, o pensamento, o infinito, a eternidade e a transparência.

Na heráldica ganha um simbolismo de verdade e lealdade.

O bispo deve ser discípulo de Jesus Cristo “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6). Não obstante o múnus episcopal requere do eleito a lealdade à Igreja, a comunhão com o Romano Pontífice e o Colégio dos sucessores dos apóstolos.

Os peixes recordam a graça de Deus que não deixa desassistido seu povo.

Deus provê o necessário, nutre a Igreja com vocações e ministérios para fazer acontecer o Evangelho, fruto da direção correta e dos esforços de todos que estão na barca.

Finalmente, o lema episcopal escolhido envolto por duas estrelas:
“Estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,27).

O Ministério Episcopal é serviço eclesial, longe de qualquer honraria, precisa ser configuração com Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

A estrela indica a luz, a esperança, a sabedoria do Divino que na noite escura atua como bússola segura e nos conduz.