Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14) A Igreja, corpo de Cristo na história (Nº 102 e 103) 

 Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade

“Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14)

A Igreja, corpo de Cristo na história (Nº 102 e 103) 

O Concílio Vaticano II afirma que Jesus “comunicando o seu Espírito, constitui misticamente como seu corpo os seus irmãos, chamados de todos os povos” (LG, 7). A imagem do corpo ajuda-nos a entender esta profunda ligação Igreja-Cristo, que São Paulo desenvolveu de modo particular na Primeira Carta aos Coríntios (cap. 12). Antes de tudo, o corpo nos chama para uma realidade viva. A Igreja não é uma associação assistencial, cultural ou política, mas é um corpo vivo, que caminha e age na história. E este corpo tem uma cabeça, que é Jesus, que o guia, nutre-o e sustenta-o. Devemos permitir que Jesus opere em nós, que a sua palavra nos guie, que a sua presença eucarística nos alimente, nos anime, que o seu amor dê força ao nosso amor ao próximo. São Paulo afirma que como os membros do corpo humano, embora diferentes e numerosos, formam um só corpo, assim todos fomos batizados mediante um só Espírito e um só corpo (1Cor 12, 12-13). Na Igreja, portanto, há uma variedade, uma diversidade de tarefas e de funções; não há a plena uniformidade, mas a riqueza dos dons que distribui o Espírito Santo. Porém, há a comunhão e a unidade: todos estão em relação uns com os outros e todos combinam para formar um único corpo vital, profundamente ligado a Cristo.

Os cristãos são chamados a serem os olhos, os ouvidos, as mãos, a boca, o coração de Cristo na Igreja e no mundo. A Igreja é corpo de Cristo. Cristo vive e age na Igreja, que é seu sacramento, sinal e instrumento. O Apóstolo Paulo deixa claro que Cristo é a cabeça deste corpo (Ef 1,22) e, assim, tem em tudo a primazia (Cl 1,18). Nele, a Igreja tem sua origem, dele ela se nutre. A imagem do corpo de Cristo implica num forte compromisso ético de cuidado e solidariedade dos membros uns para com os outros, especialmente para com os mais fracos (1Cor 12, 12-27). “A misericórdia de nosso Senhor se manifesta sobretudo, quando Ele se inclina sobre a miséria humana e demonstra sua compaixão, para quem necessita de compreensão, cura e perdão. Tudo em Jesus fala de misericórdia; mais ainda, Ele mesmo é a misericórdia” (Papa Francisco).

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