Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade
Sal da terra e luz do mundo (Mt 5, 13-14)
A Igreja, povo de Deus peregrino e evangelizador (98)
A primeira característica da eclesiologia da noção da Igreja como povo de Deus refere-se ao aspecto comunitário da salvação. O projeto de Deus é que os homens se salvem comunitariamente e não isoladamente. Ele constituiu um povo, Israel e no sangue de Cristo, um novo povo (LG 9). Isso põe em xeque o individualismo que predominou e predomina em nossas Igrejas. Individualismo espiritual, teológico e também pastoral. O povo de Deus foi constituído para comunhão de vida, caridade e verdade. O individualismo fez com que cada cristão seja uma ilha e cada comunidade uma mônada (única, simples). Falta muito para que os cristãos se tornem historicamente povo de Deus.
A Igreja povo de Deus nos lembra que a salvação, embora pessoal, não considera as pessoas de maneira individualista, mas inter-relacionadas e interdependente. Deus vocaciona as pessoas e as santifica como comunidade, como povo de Deus. Para o Papa Francisco, “ninguém se salva sozinho, isto é, nem como individuo isolado, nem por suas próprias forças”.
O chamado de Deus se faz “no respeito da complexa trama das relações interpessoais que a vida numa comunidade humana supõe”.
“Jesus nos convida a contemplar o coração do Pai. Só a partir d’Ele poderemos, todos os dias, nos redescobrir como irmãos” (Papa Francisco)
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