Cristão leigos e leigas na Igreja e na sociedade “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14) – A necessária mudança de mentalidade e de estruturas (Nº 84 ) 

 

Cristão leigos e leigas na Igreja e na sociedade

“Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14)

A necessária mudança de mentalidade e de estruturas (Nº 84 ) 

A Igreja é chamada a assumir sua vocação missionária e colocar-se em saída, dispondo-se, cada vez mais ao diálogo com o mundo, de modo a transparecer a imagem do esperado Reino de Deus em nossa realidade.

A comunidade eclesial, a começar pelos seus discípulos, tem vivido num processo de reconstrução, auto compreensão e de sentido de sua presença na história humana.

A missão não é uma atividade a mais da Igreja, não se trata de algo secundário, mas constitui a sua própria essência.

Nos tempos atuais, a Igreja enfrenta um grande desafio para justificar perante a sociedade, que fez sua opção pelo pluralismo, em todas as suas formas de ser e de existir, a sua atividade missionária. Por isso se faz necessário uma mudança de mentalidade de estruturas que venham favorecer a evangelização e um novo dinamismo missionário. Disse o Papa Francisco: “Eu não quero uma Igreja tranquila, quero agito nas dioceses, que vocês saiam às ruas. Eu quero que nós nos defendamos de toda acomodação, quero uma Igreja verdadeiramente missionária.”

A urgência da missão, deve nos levar ao encontro das periferias humanas e da criação, levando a Boa Nova da vida e da libertação no serviço, no diálogo, no testemunho e no anúncio. Visitando, levando o Evangelho, mantendo contato, escrevendo, comunicando, voltando novamente, formando novas lideranças e enviando discípulos missionários.

Só é verdadeiro missionário quem se sente bem procurando o bem do próximo, desejando e colaborando com a felicidade dos outros. O compromisso missionário implica a busca de Deus no outro, como já dizia Dom Luciano: “Onde há povo, há missão, onde há missão, há mil razões para ser feliz.”

O Papa São João XXIII, quando inaugurou o Concílio Vaticano II, convidou toda a Igreja a olhar para os “sinais dos tempos” e “um salto adiante” capaz de recriar uma nova e simpática relação com a humanidade.

A vida passa assim como as estruturas e as instituições. Porém o compromisso com a missão evangelizadora continua.

A Igreja não é uma ilha de perfeitos, mas uma comunidade missionária e de aprendizagem em seu modo de ser, organizar e agir como seguidora de Jesus Cristo.

Neste momento especial de animação do Papa Francisco, a nossa Igreja respira a missão e somos chamados a contribuir e dar um pouco mais. Enquanto houver sofrimentos, carências e necessidades, não podemos ficar parados.

“Evangelizar é atrair os afastados com nosso testemunho, é aproximar-se humildemente daqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja.         “

 

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