Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade
Sal da terra e luz do mundo (Mt 5, 13-14)
A Igreja, povo de Deus peregrino e evangelizador (Nº 99 a 101)
Na escola do Concílio Vaticano II, nós dizemos hoje que o Batismo nos faz entrar no povo de Deus, nos torna membros de um povo em caminho, um povo peregrino na história.
De fato, como de geração em geração se transmite a vida, assim também de geração em geração, através do renascimento na fonte batismal, transmite-se a graça e com esta graça o povo cristão caminha no tempo, como um rio que irriga a terra e difunde no mundo a benção de Deus.
Em virtude do Batismo, nós nos tornamos discípulos missionários, chamados a levar o evangelho no mundo (EG 120), cada batizado qualquer que seja a sua função na Igreja e o grau de instrução da sua fé é um sujeito ativo de evangelização. A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo de todos os batizados. O povo de Deus, é discípulo, porque recebe a fé, e missionário, porque transmite a fé.
Todos na Igreja somos discípulos e o somos, por toda a vida; e todos somos missionários, cada um no lugar que o Senhor lhes confiou.
Ninguém se salva sozinho. Somos povo de Deus e nesta comunidade experimentamos a beleza de partilhar a experiência de um amor que precede a todos, mas que ao mesmo tempo nos pede para sermos canais de graça uns para os outros, apesar dos nossos limites e dos nossos pecados. A dimensão comunitária não é só uma “moldura”, um “contorno”, mas é parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização.
A inter-relação e a interdependência levam a valorizar a diversidade de rostos, de grupos, de membros, de carismas e funções deste povo. São João Paulo II, nos convida a fazer da “Igreja casa e escola de comunhão”.
O sujeito da evangelização é todo o povo de Deus, a Igreja. Ela não pode perder de vista o serviço à vida e à esperança, através de uma obra evangelizadora audaz e missionária. Ser povo de Deus é ser o “fermento de Deus no meio da humanidade”, é ser “lugar de misericórdia gratuita, onde todos possam se sentir acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem seguindo a vida boa do Evangelho”.
“A coragem do encontro e da mão estendida é um caminho de paz e de harmonia para a humanidade” (Papa Francisco)
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