Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14). A paróquia e as comunidades eclesiais A família (Nº 139 e 140)

Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14).

A paróquia e as comunidades eclesiais

A família (Nº 139 e 140)

O debate sobre renovação paroquial começou há mais de meio século. Era um tema estudado nos anos de 1960, quando pesquisas sobre a urbanização colocavam em questão a eficácia pastoral da paróquia para cidade de médio e grande porte. O que estava em questão, não era somente a relação entre o pequeno número de padres e o aumento demográfico da população, mas principalmente a inadequação daquela instituição herdada da cristandade ao estilo de vida contemporânea. Nos anos seguintes a renovação pastoral impulsionada pelo Concílio Vaticano, esvaziou o debate com as novas formas de organização eclesial marcadas pela participação ativa do laicato. Hoje o tema da paróquia retorna a agenda pastoral com toda a força. O Documento de Aparecida propõe que a paróquia seja uma “comunidade de comunidades”, e a CNBB assume essa proposta como uma de suas prioridades.

O impulso dado pelo Papa Francisco para que a Igreja Católica se ponha em saída desafia a paróquia a mudar sua orientação pastoral: em vez de priorizar a atração de mais gente para as celebrações, trata-se de dar prioridade ao serviço à vida e ao cuidado da “casa comum”. Esse chamado papal tem levado vários agentes de pastoral para a missão fora da Igreja, nas periferias existenciais. Coloca-se então a proposta de renovação da paróquia pra dar-lhe um impulso missionário.

A paróquia e as comunidades eclesiais são espaço para vivência da unidade na diversidade em que os cristãos leigos atuam como sujeitos e têm cidadania plena. As pequenas comunidades, os setores da paróquia, os grupos bíblicos de reflexão, as redes de comunidades, as assembleias pastorais, os conselhos, os movimentos, são formas concretas de comunhão e participação nas quais o cristão leigo atua como sujeito eclesial. A comunhão da Igreja é prejudicada e ferida por grupos fechados tradicionalistas ou liberais que causam mal por serem sectários e criarem divisões.

São avessos à tolerância, à diferença, à pluralidade. Promovem a exclusão porque se acham donos da verdade e filhos da luz. Os outros são trevas. Tais grupos se isolam e desprezam os outros.

“Enche-se de felicidade aquele que vê, sem inveja, a felicidade dos outros” (São Francisco).

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