Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade
“Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14)
Vocação universal à santidade (Nº116 a 118)
Voltando à nação bíblica de povo de Deus, a constituição dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja propôs uma verdadeira redefinição do conceito e da experiência de Igreja. Até então a eclesiologia era profundamente dominada pelo aspecto juridicionista e burocrático. Nesta eclesiologia, a dimensão do mistério desaparece, a conexão da Igreja com o Espírito do Ressuscitado não é colocada em evidência. Nesta perspectiva Cristo e o Espírito Santo são mais os sujeitos da santificação.
Retomando a ideia patrística de Igreja “povo congregado na unidade do Pai e Espírito Santo”, o Vaticano II lembra que todos os batizados e batizadas, formam a comunidade dos filhos e filhas de Deus e são templos do Espírito Santo (cf. LG 9).
Todo o povo de Deus, por causa do sacerdócio comum dos fiéis, é chamado à plena participação e a uma vida santa (cf. LG 10). Aliás, toda a humanidade é chamada a ser povo de Deus, a santidade. Os cristãos leigos, homens e mulheres são chamados, antes de tudo à santidade. São interpelados a viver a santidade no mundo.
A vocação ou chamado à santidade de que fala a LG tem um fundamento bíblico e, como tal, está profundamente relacionada com o cotidiano e com a prática concreta da vida de cada dia. Para ser santa, a pessoa não precisa fugir do seu estado de vida. Ela se santifica exatamente e somente pelo compromisso com sua condição humana e cristã. A vocação a santidade consiste na capacidade de responder ao apelo divino por meio da vivência evangélica do próprio estilo de vida (LG 39).
“O horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade”.
+ Fontinele